sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sublime


Pequena dose é remédio
Dose exagerada é veneno
No dia que me procurar meça suas palavras
Não sou obrigada a aguentar ninguém
Não sou obrigada a ouvir ninguém
Não sou obrigada a responder ninguém

Não quero ouvir tudo aquilo
Que sei que dirá
Não me faça ter que explicar o que é preciso ouvir
Meça sua palavras eu também não sou de ferro
Meça pois a peça que lhe falta no seu quebra cabeças pode sumir
Me diga palavras fúteis mais que me alegram
Me dê ao menos mais uma chance fugaz de prazer
Então não se queixe nem me deixe sozinha de lado
Não se vire me revire


Me revire
Mas não me recrimine
Se te esquecer
Pois não posso permanecer na eterna espera
De mais um sublime sorriso
De um mais simples ato
Que de fato é um belo prato
Que deixa a desejar

Mais mesmo deixando a desejar
Não posso me enganar
E simplesmente virar-me
E fingir que não nos olhamos algum dia

Posso me virar e fingir que nada aconteceu
Mais se fizesse isso
Enganaria a mim mesma
Mesmo, me debatendo me indignando e me frustrando com a sua presença
Ela é uma das coisas que mais me faz falta





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